A UE no limiar da distopia?
Depois das eleições alemãs do passado fim de semana, a União Europeia integra, entre os seus 27 membros, apenas três governos socialistas ou social-democratas.
Os ‘resistentes’ são a Espanha, a Dinamarca e Malta.
No entanto o Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado e de Governo, é presidido por um membro da família socialista, escolhido, aliás, quando já era clara a irrelevância da esquerda moderada no respetivo espaço político.
Não sendo o atual titular do Conselho uma figura que possa ser reconhecido como um grande líder europeu, confirma-se a convicção de que as escolhas das lideranças europeias (não apenas a do presidente do Conselho) dependem menos do interesse europeu, e mais das regras de poder estabelecidas entre as três forças partidárias que tem dominado a política da União nos últimos anos.
Num cenário europeu de profunda crise e de desafios complexos sobre o futuro, o resultado das eleições alemãs, acabou por ser um pequeno bálsamo e, de algum modo, faz surgir uma relativa esperança.
Por razões que, como é evidente só se........
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