Desmoralizar a imigração (1.ª parte)
Costumo dizer, meio a brincar meio a sério, que o meu coração é libertário e a minha cabeça é liberal. O meu coração libertário imagina um mundo em que todos são livres de viajar para onde quiserem, sem restrições impostas por esse artifício chamado de Estado-Nação. Nessa mesma altura, a razão intercede e recorda-me do lirismo dessa ideia. Por variadíssimos motivos, essa livre circulação de pessoas não é possível (e os Estados-Nação são um garante da lei e da ordem).
Duvida desta premissa? Então imagine que entravam, agora, cinco milhões de novos imigrantes em Portugal. Do ponto de vista económico, haveria educação, saúde ou habitação que resistisse? Do ponto de vista social, conseguiríamos integrar essas pessoas, sobretudo se não tivessem meios de subsistência? E, do ponto de vista cultural,........
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