Na Saúde, mais do mesmo não nos trará nada de diferente
É inegável que o sector da saúde tem conhecido tempos de grande perturbação.
São urgências fechadas, são esperas inaceitáveis, são quadros dirigentes que mudam a um ritmo impensável, é toda uma sucessão conturbada que não vemos na maioria dos países com que gostamos de nos comparar. Todo um conjunto de acontecimentos negativos que pouco aportam à credibilidade do sistema e que se repercutem inevitavelmente no acesso e no nível dos cuidados prestados.
Habituados a tanta turbulência, arriscamos até tomá-la como normal, mas não é!
Poderíamos esperar que mudanças de governo produzissem mudanças nos resultados, mas não. Poderíamos pensar que o preenchimento de lugares fulcrais na saúde passaria a seguir critérios técnicos e fugiria às escolhas de confiança política, mas não. Poderíamos, até, esperar que reformas propaladas como as mais transformadoras e competentes viessem a modificar o estado das coisas, a saúde de todos nós, mas não. Porque será? Não será por falta de competência dos sucessivos protagonistas envolvidos, e por falta de dinheiro também não, pois nunca a despesa corrente foi tão elevada, com 18 biliões para o SNS e 12 biliões para o dispêndio privado, um crescimento de quase........
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