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Valentim e Ventura

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09.06.2025

A subida meteórica da representação parlamentar do Chega – que, recordo, elegeu apenas 1 deputado em 2019 e 12 em 2022 – surpreendeu aqueles que julgavam Portugal imune à vaga da direita nacionalista, e tem sido objeto de muitos comentários. Em seis anos, o partido passou de marginal a protagonista, um fenómeno que ecoa as dinâmicas descritas por Vicente Valentim no seu recente livro The normalization of radical right: A norms theory of political supply and demand (OUP, 2024). As teses de Valentim, embora não dirigidas especificamente ao caso português, aderem a ele de tal modo que poderíamos pensar que Ventura as usa como guião.
Em essência, Valentim considera que existe uma importante diferença entre a motivação intrínseca dos cidadãos (as suas preferências) e a sua expressão pública ou através do voto. As........

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