Ameaças intestinas
Não! Não é do discurso de J.D. Vance que quero falar. Existem ameaças internas que, mais do que as, verdadeiras ou imaginárias, atiradas por Vance na cara dos plácidos eurocratas reunidos em Munique, enfraquecem a capacidade da Europa alcançar autonomia e músculo estratégicos e a impedem, por isso, de fazer mais do que proferir declarações pias e quantas vezes piegas. Falo da debilidade económica europeia relativa aos EUA. Debilidade que é em grande parte autoinfligida, fruto de decisões precipitadas ao sabor de modas sobre a energia (que levou ao fecho do nuclear na Alemanha e ameaça a indústria automóvel europeia), da falta de capacidade para completar o projeto europeu ou, do enviesamento burocrático para a sobre regulação.
Depois de um impressionante período de convergência que durou meio século, em que as suas economias mais avançadas alcançaram níveis de produtividade........
© Jornal SOL
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