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A independência dos bancos centrais

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16.07.2025

Numa democracia, o poder é confiado àqueles que são escolhidos pelo povo. Confiar poderes executivos a órgãos não eleitos é inerentemente excecional. No entanto, instituições como a Reserva Federal ou o Banco Central Europeu são lideradas por autoridades não-eleitas que tomam decisões – sobre taxas de juro, oferta de moeda ou estabilidade financeira – que moldam economias e vidas.

Porque é que os especialistas não eleitos devem ter influência sobre políticas que afetam milhões, sem prestar contas diretamente aos eleitores? Os críticos argumentam que isto traz o risco de elitismo, desligando as políticas das necessidades públicas. Como em tantas outras áreas, o Presidente Donald Trump tem dado voz a estas críticas e liderado o ataque ao consenso que há décadas governa as economias mais desenvolvidas.

A exceção ao escrutínio democrático conferida aos bancos centrais só é defensável se estes operarem sob um mandato........

© Jornal SOL