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O Doutor Boucard

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07.03.2025

A obra de Tamara de Lempicka (1894–1980), pintora polaca que passou grande parte da vida em França e nos Estados Unidos, captou o glamour, a elegância e a modernidade das décadas de 1920 e 1930. Verdadeiros ícones da Art Déco, os seus retratos de socialites e aristocratas, marcados por um «cubismo suave», espelham de forma singular a sua própria vida profissional e pessoal. Afinal, como observou Jean Cocteau, ela «amava a arte e a alta sociedade em igual medida». Da peculiaridade da sua obra, a própria afirmou: «Entre cem pinturas, era sempre possível reconhecer as minhas»; «As galerias… colocavam-me nas melhores salas, sempre ao centro, pois a minha arte atraía as pessoas».

Figura emblemática da boémia parisiense, Lempicka era abertamente bissexual. Os casos com mulheres traduziram-se em ousados nus nalgumas das suas obras, como em A Bela Rafaela (1925). Casada com o advogado Tadeusz Łempicki, teve uma filha, mas a união terminou em divórcio. Uma das mãos do retrato do marido – Retrato de um Homem (1928) – ficou por pintar. Em 1934 casou-se com o barão Raoul Kuffner, um húngaro judeu, herdeiro de um império........

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