O que é uma mulher?
Chegámos a um ponto, no Ocidente de 2025, em que se discute publicamente o significado de ‘mulher’. O simples facto de tal debate ser necessário revela o estado cultural da nossa civilização. O progressismo contemporâneo, na sua ânsia de desconstrução, procurou substituir categorias fundamentais da identidade por conceções fluidas e autorreferenciais. Mas será que esta erosão dos fundamentos nos tornou mais livres, mais justos – ou apenas mais desorientados?
A ideia de que a identidade é puramente performativa e autodeterminada tornou-se, ironicamente, uma nova ortodoxia. Quem a questiona é frequentemente rotulado como retrógrado, instaurando-se uma moralização negativa do dissenso que sufoca o debate legítimo. Esta rigidez paradoxal expõe um traço comum às ideologias que se julgam libertadoras: a intolerância à discordância.
Recentemente,........
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