A minha geração nasceu e cresceu numa realidade geopolítica marcada por várias certezas. Filhos da revolução tecnológica e do processo de globalização acelerado pelo colapso da União Soviética, o fim da história parecia certo. A hegemonia americana e o sistema democrático eram realidades incontestáveis.

O reformismo de Deng Xiaoping soltou a China das amarras dogmáticas de Mao e, principalmente a partir da década de 90, a abordagem chinesa foi pautada pela prudência e pela retórica amigável face aos Estados Unidos. As manobras de charme eram frequentes, demonstrando que uma parceria poderia ser uma clara situação win-win, mesmo que, sob a superfície, pudesse estar uma semente subversiva. Por isto, em 2000, a Câmara dos Representantes aprovou a entrada do gigante asiático na OMC e as esperanças nunca haviam sido tão altas. «A Câmara dos Representantes deu um passo........

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