O Matuto e as Madalenas de Proust
O Matuto tem muitas “madalenas de Proust”. Na realidade, todos temos as nossas “madalenas de Proust – pontua o Matuto. “Que é isso” – a gentil esposa do Matuto, Dona Sirlei, já reagiu – “Quem são essas Madalenas!?” Alto e aí pára o baile! Nada a ver com mulheres – esclarece lestamente o Matuto.
O Matuto explica: No primeiro volume de “Em Busca do Tempo Perdido”, Marcel Proust relata, como o sabor duma “madalena” – bolinho em forma de vieira, à base de manteiga derretida e raspas de limão – embebida em chá o transporta, de forma quase mágica, para a sua infância em Combray. Através de uma experiência trivial – o gosto duma madalena mergulhada em chá – o autor ilustra como os sentidos têm o poder de evocar lembranças que estavam soterradas no subconsciente. O Matuto sabe de fonte segura que os estudiosos chamam a este fenómeno de “memória involuntária”........
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