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Aquilo que fica em nós (e entre nós)

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04.06.2025

Há uns anos acompanhei uma senhora em consulta de psicologia que, apesar de algumas adversidades da vida, não queria falhar no cuidado com o filho. Contava-me que todos os dias, depois de o ir buscar à escola, reservava uma hora para se sentarem a brincar. Era uma mãe novinha e sozinha, com uma vida amarga, pouco tempo disponível, uma série de preocupações, mas que mantinha esta atenção e resguardava o filho do seu redemoinho. Esta atitude sensibilizava-me.

Nos últimos dias dei por mim a pensar nesta senhora e no filho. O que será deles? Passaram dez anos. A criança hoje será um jovem, com certeza já não quererá brincar com a mãe quando chega da escola. Terá outros interesses, amigos novos, preocupações diferentes. Espero que esteja a trilhar um caminho mais fácil do que........

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