A Europa pode perder o lugar à mesa dos Grandes
Os Estados não têm amigos eternos, tal como não têm inimigos perenes. Os Estados têm interesses permanentes. Disse-o Lord Palmerston, o estadista inglês do século XIX. Um tempo em que permaneciam vivas a experiência e sabedoria acumuladas ao longo de 26 séculos de civilização. Uma experiência e uma sabedoria que a ilusão do fim da História, e outras semelhantes, foram apagando. Esse tempo em que as nações europeias eram governadas por estadistas e não por pessoas simpáticas com uma mão cheia de nada e outra cheia de boas intenções ou seja, de nada também; e isto, na melhor das hipóteses porque, na pior, é melhor não falarmos.
Vem isto a propósito do choque provocado, nos países europeus e na tecno-burocracia vagamente política de Bruxelas, pela viragem histórica verificada na política norte-americana em relação à........
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