Quem quer esta guerra?
As guerras não se compram nem se vendem. No entanto, há sempre interessados em fabricá-las. Porquê? Talvez porque não é necessário montar uma fábrica para fabricar os moldes e as linhas de produção. Elas são de várias espécies. Podem ser bélicas, económicas, políticas, todas desafiantes e perigosas. Se umas matam milhares de pessoas, outras arrastam para a lama, igualmente, outros milhares. Vivemos hoje um tempo demasiado belicoso, perigoso e insustentável a vários níveis. Nos quatro cantos do mundo, como se o Mundo fosse quadrado, vivem-se guerras que aparentemente ninguém quer, todos criticam, mas parecem eternizar-se como se o tempo se prolongasse somente para que elas existam. Os continentes estão em ebulição contínua. O planeta, exausto, parece desanimado e sem vontade de se manter vivo. Os sinais são mais do que evidentes. Através do clima, completamente alterado, dá sinais de aviso frequentes, mas parece que os homens não se incomodam muito com isso. Furacões, tempestades, sismos, tsunamis, tornados, vulcões, tudo se conjuga num aviso intenso que ninguém quer perceber. É o planeta a dar o sinal vital da sua existência. É o estrebuchar de quem se sente aflito e quer chamar a atenção. É uma guerra contra o tempo e contra a estupidez dos homens. Parece, contudo, haver........
© Jornal Nordeste
