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A alegria de David Lynch

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David Lynch contrariava o preconceito adolescente de que a arte, para ser boa, precisa de ser sofrida. O realizador, que morreu há poucos dias, parecia uma criança a falar de coisas sérias, o que lhe dava graça e desenvoltura. Não se percebia bem se ele era um velho a falar como uma criança ou uma criança a falar como um velho. 

Em todo o caso, David Lynch era uma espécie de sábio - e autoridade nas coisas da felicidade artística, já que os seus filmes eram pesadelos cheios de esperança. Davam a ideia de que quem os fez estava enjaulado na tristeza. Portanto, filmes muito de acordo com o conceito de génio atormentado. Mas quando Lynch........

© Jornal de Notícias


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