A prisão ilegal de Bolsonaro e o que isso significa para você
Hoje, o Brasil amanheceu com um choque que nenhum país livre deveria tolerar: a prisão ilegal do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada por um de seus desafetos políticos. Foi uma prisão realizada na calada da madrugada, baseada em justificativas frágeis, tortuosas e, no limite, fabricadas. Uma prisão que não apenas desafia o bom senso jurídico, mas que marca um ponto de ruptura na nossa democracia. E, dentre todos os absurdos, um se destaca pela maior gravidade: o fato de o Estado brasileiro ver um juiz utilizar a convocação para uma vigília de oração como argumento para encarcerar um cidadão. Orar em grupo virou motivo para prisão preventiva. Cruzou-se uma linha que jamais deveria ser ultrapassada.
Antes de avançarmos para os motivos da prisão provisória decretada por Alexandre de Moraes a Jair Bolsonaro, é essencial lembrar que a própria reclusão domiciliar do ex-presidente já era um escândalo. Preso em casa em virtude da acusação inicial do Ministério Público de que Eduardo Bolsonaro tramava com o pai contra a soberania nacional, Jair Bolsonaro acabou não sendo denunciado no caso pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. Mesmo assim, Alexandre de Moraes decidiu por mantê-lo preso sem qualquer base legal ou constitucional.
Nesta manhã de sábado, curiosamente dia vinte e dois de novembro, Jair Bolsonaro foi buscado em sua casa logo após o nascer do sol. A primeira mentira a fundamentar a decisão de Moraes, repetida para tentar dar aparência de normalidade ao inaceitável, foi a de que uma suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica — também colocada, aliás, ilegalmente em Jair Bolsonaro —........





















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