Novo estudo traz descobertas preocupantes sobre o impacto do divórcio nos filhos
Se você pesquisar por “divórcio” no Google, não vão faltar artigos e reportagens explicando o passo-a-passo para oficializar o fim de um casamento ou mostrando que a separação é sinônimo de liberdade e felicidade, como se o término de um relacionamento fosse uma conquista.
Ou seja, na maioria das vezes são conteúdos que incentivam pessoas que estão com dúvidas e problemas conjugais a tomar uma decisão, e uma decisão pelo divórcio. Já conteúdos que tratem das consequências da separação são muito raros. Mas como elas existem, é preciso falar sobre esses impactos – que são ainda mais acentuados em crianças.
Um recente estudo norte-americano, publicado neste mês pelo National Bureau of Economic Research (NBER), mostrou as consequências de longo prazo mais esperadas em filhos de pais separados. “Após o divórcio, a renda familiar cai, os pais trabalham mais horas, as famílias se mudam com mais frequência – e se mudam para bairros mais pobres, com menos oportunidades econômicas. Esse conjunto de mudanças sugere múltiplos canais pelos quais o divórcio pode afetar o desenvolvimento e os resultados das crianças”, dizem os pesquisadores.
Mas o que esse estudo tem de diferente dos demais? A maioria das pesquisas que tentam comparar resultados entre crianças de lares intactos e divorciados encontra dificuldades em estabelecer a causalidade, isto é, a relação de causa e efeito. O motivo é que para chegar nisso é preciso uma amostra suficientemente grande ao longo de um período significativo de tempo e com........
© Gazeta do Povo
