Encruzilhada dos destinos de Collor e Sarney é uma ironia da história
Entre afagos de familiares, amigos, aliados e antigos adversários, na noite de quinta-feira, o ex-presidente José Sarney comemorou seus 94 anos, numa festa que reuniu mais de 1.500 pessoas na Fundação da Memória Republicana, localizada no antigo Convento das Mercês, no centro histórico de São Luís, transformado em museu, no qual a memória do Maranhão, a história do Brasil e o legado do velho político maranhense se misturam. Seu acervo tem mais de 1 milhão de documentos, 24 mil livros (incluindo 3 mil raras), 50 mil registros audiovisuais e 5 mil itens iconográficos, doados pelo ex-presidente da República.
O ponto alto das comemorações foi o lançamento do selo e do carimbo dos Correios comemorativo dos 40 anos de democracia no Brasil, com a foto de Tancredo Neves e Sarney juntos, quando foram eleitos presidente e vice-presidente da República, em 15 de janeiro de 1985, uma data que passou quase despercebida. Desde 15 de março, dia em que tomou posse na Presidência, porém, Sarney foi alvo de inúmeras homenagens e comemorações, que serviram para resgatar a memória destes 40 anos de democracia e do seu papel como chefe de Estado num dos períodos mais turbulentos de nossa história.
Nascido em 1930, José Sarney assumiu o primeiro mandato na Câmara dos Deputados em 1955. Foi deputado por mais dois mandatos, em 1958 e 1962 e se elegeu governador do Maranhão, seu estado natal, em 1965. Após esse mandato, ocupou o cargo de senador pelo Maranhão até o........
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