Dosimetria
A diferença entre o veneno e o remédio é a dose. Paracelsus, médico, alquimista e filósofo suíço do século 16, “pai da toxicologia”, já sabia disso. Mas parece que nossos ilustres parlamentares nunca frequentaram aulas de farmacologia básica. Ou frequentaram demais, absorvendo apenas a arte de dosar venenos em quantidades que pareçam remédios.
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Na Praça dos Três Poderes, laboratório a céu aberto de nossa democracia, assistimos a um experimento peculiar. Enquanto alguns tentaram derrubar as portas do laboratório, quebrar vidrarias e misturar reagentes explosivos, outros, engravatados e compenetrados, agora tentam convencer-nos de que aquilo foi apenas uma travessura de estudantes empolgados, comandados e hipnotizados por um falso Messias.
O paciente Brasil, deitado na maca, observa atônito. Tem febre democrática, pressão institucional alterada e apresenta episódios recorrentes de amnésia seletiva. Os falsos médicos do Congresso receitam um tratamento peculiar: anistia em doses cavalares por via retal. Absorve mais rápido.
"Anistiol", gritam eles, "o mais novo medicamento para tratar tentativas de golpe de estado!" Na bula, em letras miúdas que ninguém consegue ler, consta: "Efeitos colaterais incluem recorrência dos sintomas, falência institucional e morte cerebral da República".
Nosso ex-presidente, aquele mesmo que jurou pela Constituição e disse jogar dentro das quatro linhas, enquanto sonhava rasgá-la, agora ocupa um leito na enfermaria da Polícia Federal. Diagnóstico: síndrome aguda de golpismo frustrado, complicada por joias não........





















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