Acordo para anistia exclui 'cabeças'
Se com as sondas, drenos e um abdômen desnudo retalhado buscava-se, sob a perspectiva imagética, despertar a empatia e uma comoção pela anistia ampla, geral e irrestrita, sobretudo que acolhesse os mentores intelectuais da tentativa de golpe de Estado, a estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até aqui tem sido malsucedida em duas frentes.
No Congresso Nacional, começa a decantar o movimento que unificaria Centrão e extrema direita na cruzada pela tramitação em regime de urgência do projeto de anistia – que transbordaria inclusive ao “núcleo crucial” de oito réus, ora em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Estão se reposicionando parlamentares moderados do PP, do União e do Republicanos, que deixam claro ter crítica ao que consideram penas demasiadamente duras às pessoas presas pelas depredações aos poderes nos atos de 8 de janeiro.
Mas entendem que as lideranças da trama, se condenadas em processo com amplo direito de defesa, devam ser punidas. Todos vivem do sistema democrático e sentem-se bem nele, num contexto em que o Legislativo desfruta da escalada de seu próprio poder.
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