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Um novo Papa, o mesmo caminho

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wednesday

São unânimes as opiniões em relação ao Papa que o Espírito escolheu. Não era dos nomes mais consensuais, nem sequer dos mais falados. Ser eleito sem a necessidade de muitos escrutínios significa que a surpresa deve tornar-se um apelo do Espírito. Atrevo-me a repescar alguns dados da história para sublinhar o que poderá estar a acontecer na Igreja.
Se houve surpresa na pessoa, também existiu no nome que escolheu. Creio, porém, que este nome terá sido muito rezado e discernido, ouvindo o Espírito. A história nunca se repete, mas pode – e deve – deixar lições. O nome escolhido pode parecer, à primeira vista, um pouco estranho. Acredito, porém, que tenha surgido para se situar no tempo de um outro Papa que viveu numa época semelhante – mais ainda, num momento que assinala uma grande mudança na história da Igreja. A modernidade começava a impor-se, e todo um esquema construído pela cristandade iniciava o seu desaparecimento. Durante séculos, a Igreja coordenou – ou até mesmo impôs – as suas orientações. O regime teocrático estava sempre presente, como exercício concreto ou como intenção de colocar Deus, através das autoridades religiosas, a dirigir o mundo.

Mas os séculos da história contemporânea começaram a conceber o mundo de um modo diferente. Sinteticamente, podemos afirmar que o espírito da Revolução Francesa gerou um novo modo de conceber a sociedade, recolocando a religião num plano totalmente oposto. Não foi fácil aceitar esta revolução. Tudo foi acontecendo nos diferentes países,........

© Diário do Minho