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Quando idosos dirigem devagar

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16.07.2025

Às vezes, a vida é um exercício de paciência. Em alguns momentos, você precisa de virtude para lidar com algo realmente importante; em outros, é preciso exercitar a paciência em situações mais triviais — como aconteceu comigo no fim da semana.

Um carro, trafegando abaixo do limite da via, seguia pela faixa da esquerda durante quase todo o trajeto da Epia Norte, desde a altura da Água Mineral até o fim do Setor de Oficinas. Uma fila de veículos se formava atrás, e todos pareciam tão impacientes quanto eu, forçados a ultrapassar pela direita. Toda essa irritação, no entanto, se dissipou no exato momento em que percebi que o motorista que segurava o fluxo era, na verdade, um idoso.

Não foi exatamente uma "raiva dissipada". Na verdade, eu me senti péssimo (e ainda me sinto). Uma das maiores lições que aprendi com minha mãe, desde muito pequeno, era clara: sempre respeite e trate bem os idosos. E, mesmo sem ter feito nada contra aquele motorista mais lento, fiquei com a sensação de que ele estava em uma situação de vulnerabilidade, que exigia cuidado, enquanto os demais demonstravam apenas impaciência.

Minha consciência tentou me acalentar, mas da pior forma........

© Correio Braziliense