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Direita no governo de esquerda (e vice-versa)

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08.04.2025

Esses rótulos de designações políticas são difíceis de engolir. Lembro desde a tenra idade revirar os olhos para as tradicionais designações de "esquerda" e "direita". A priori, ainda nas aulas da 5ª série, imaginava que as pessoas estavam sendo dissimuladas ao ponto de não entenderem que toda esquerda tinha um pouco de direita — e vice-versa. Com o passar do tempo, contudo, ficou claro que o desentendimento era real. O extremismo era a explicação. Os dois lados não deveriam se misturar, não se aceitar, como água e óleo. O problema, contudo, é entender que, nessa lógica, quando um dos dois espectros ganha, quem vai governar para o outro lado?

Quando o presidente Lula, um expoente da esquerda, ganhou as eleições de 2022, certamente os apoiadores não esperavam que todas as pessoas de direita desaparecessem do país. Assim como quando Bolsonaro, representante da direita, virou líder do Executivo em 2018, os apoiadores não esperavam que toda a oposição de esquerda fosse para outro planeta. Ou esperavam?

De certa forma, quando um lado dessa........

© Correio Braziliense