As prostitutas de Kim Kataguiri
Se não tivesse se casado recentemente com a vereadora Amanda Vettorazzo, aquela que criou um Projeto de Lei com o objetivo de proibir que a Prefeitura de São Paulo contrate artistas do funk e do trap, eu diria que o “nipo-brasileiro” Kim Kataguiri é mais um incel que odeia mulheres devido à rejeição sofrida por parte delas. O seu projeto que visa proibir a prostituição em vias públicas (PL 778/2025), não passa de mais um ataque da extrema-direita às liberdades individuais, na tentativa de estabelecer um Estado autoritário que controle o ir e vir das pessoas sob a égide do combate a insegurança em áreas residenciais.
A pergunta que não quer calar é: desde quando a presença de prostitutas nas ruas causou insegurança à população? Elas cometem delitos no exercício de sua função? Roubam e agridem pessoas que passam pelas ruas onde elas oferecem os seus préstimos? Quantos crimes temos notícias de que foram cometidos por prostitutas que trabalham nas ruas? Pergunto isso porque uma das alegações do deputado do União Brasil é a de que “ninguém tem o direito de transformar a rua em zona de prostituição e prejudicar quem mora ou trabalha no local”. Para piorar um pouco mais a sua argumentação, o defensor do nazismo como liberdade de expressão associa todos os pontos de prostituição de rua ao tráfico de drogas e perturbação do sossego, defendendo a prisão de quem exerce tal atividade.
Kataguiri admite que a prostituição é uma atividade reconhecida pelo Ministério do Trabalho e registrada na Classificação Brasileira de Ocupações como “profissional do sexo”, mas, segundo a sua interpretação, ela precisa seguir parâmetros legais. Talvez,........
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