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Como um "futuro compartilhado" pode salvar o mundo da fragmentação?

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18.12.2025

Quando eu estava trabalhando neste novo podcast, uma pergunta continuava aparecendo nas minhas anotações: por que a ideia de um “futuro compartilhado” recebe um reconhecimento global crescente agora? Não dez anos atrás. Nem vinte. Mas agora.

O mundo não carece de desafios. A recuperação econômica parece frágil. Conflitos surgem com uma frequência inquietante. A ansiedade climática deixou de ser abstrata para se tornar pessoal. Crises de refugiados, emergências de saúde pública e o aumento das desigualdades de desenvolvimento se entrelaçam de maneiras que tornam respostas simples impossíveis. Não é surpresa que pessoas em todos os lugares estejam fazendo a mesma pergunta: que tipo de sistema global estamos, de fato, construindo, e para quem?

Essa pergunta está no centro deste podcast, que analisa como a China, e seu líder Xi Jinping, enquadram a governança global por meio da ideia de uma “comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”. É uma expressão frequentemente citada, às vezes mal compreendida e raramente explorada a partir de histórias reais. Foi aí que eu quis começar.

Uma coisa que me chamou a atenção durante a pesquisa foi o quanto esse conceito está consistentemente ligado a momentos concretos, e não apenas a discursos. Sim, há pronunciamentos em destaque na ONU, reuniões da Organização para Cooperação de Xangai (SCO) e fóruns globais. Mas também existem cenas muito humanas que contam essa história de forma mais clara do que qualquer slogan poderia fazer.

Veja o caso de Vanuatu, por exemplo.

Em dezembro de 2024, um terremoto de magnitude 7,3........

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