A revista The Economist apoia golpes de Estado no Brasil desde sempre
O mais novo ataque da revista britânica The Economist às instituições brasileiras não deveria causar nenhuma surpresa ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que ontem divulgou uma nota oficial apontando, com razão, que o artigo recente da publicação sobre o ministro Alexandre de Moraes alimenta a narrativa golpista no Brasil. A surpresa, se há alguma, deveria ser outra: o fato de que o STF, depois de ter se calado em episódios anteriores de ruptura democrática, como o golpe de estado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, agora se vê obrigado a reagir sozinho, sob pressão internacional, para conter os escombros de um monstro político que ajudou a criar.
A The Economist não está fazendo nada de novo. Desde sempre, a revista atua como braço midiático do imperialismo econômico, servindo ao capital financeiro global e à doutrina neoliberal que impõe aos países periféricos a cartilha da submissão: Estado mínimo, privatização, desindustrialização e repressão aos projetos populares. Para essa lógica perversa, a democracia só é aceitável quando elege candidatos alinhados ao mercado. Quando o povo escolhe outro caminho, o golpe vem a cavalo – e a Economist é a primeira a aparecer para legitimá-lo.
Em 1964, quando tanques fecharam o Congresso e instauraram uma ditadura militar, a revista britânica........
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