Um Natal em que 683 crianças não terão as mães à mesa, vítimas que foram, do feminicídio
Quando Maria chegou em casa e contou para José, o carpinteiro seu marido – um homem simples, portanto -, que o Anjo Gabriel havia lhe dito que ela teria um filho e ele não era o pai, José poderia ter virado a mão na cara dela, voado sobre o seu corpo e desfechado sobre ele uma séria de facadas, ao som de xingamentos do tipo: “vagabunda” e outros tantos. Talvez tivesse perfurado o seu ventre e atingido Jesus, que não teria nascido para nos salvar. Como consequência, o mundo não teria se dividido entre católicos e evangélicos de vários matizes, que hoje o adoram e pregam de tudo em seu nome. Até a violência.
Sem Jesus, não haveria Malafaias e Sóstenes e, quem sabe, seus armários abarrotados de 430 mil dinheiros. Tampouco se discutiria hoje a laicidade do Estado. A política não estaria infestada de “cristãos” e o presidente Lula não teria necessidade de sair em busca de agradá-los elevando a música Gospel à condição de patrimônio Nacional, a despeito dos que correm desse gênero musical.
José teria praticado um dos primeiros feminicídios da humanidade, que haveria de já estar computando esse tipo de crime na casa dos trilhões, se estatísticas houvesse. Mas não. O que o........





















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