Ano novo, velha guerra
Mais um ano se inicia, levando as pessoas a encherem-se de esperança e otimismo, e a planejarem novos projetos pessoais ou profissionais. Passando as semanas e meses, porém, o duro retorno à realidade novamente nos deixa desesperançosos e pessimistas, e os projetos, com raras exceções, são abandonados. A geopolítica internacional, no entanto, ignora essas efemérides e mudanças de espírito temporárias – quando não as utiliza em proveito próprio, aproveitando a “distração” da comunidade internacional com as festas. E este parece ser o caso no conflito entre o Estado colonialista de Israel e a população nativa da Palestina, que vem progressivamente sendo expulsa de suas terras para dar lugar aos colonos judaicos, no que vem se caracterizando como um verdadeiro genocídio. Nos primeiros dias do ano centenas de palestinos foram mortos nos bombardeios conduzidos pelo Estado judaico (inclusive em zonas de proteção humanitária), levando a mais de 45.500 os mortos palestinos em 15 meses de guerra e à total destruição da infraestrutura da Faixa de Gaza, hoje em ruínas. Além disso, o novo ano presencia a expansão da agressão israelense para o Líbano, a Síria, a Cisjordânia e o Iêmen.
Este conflito estende-se desde 1947, quando os colonos judeus futuro Estado de Israel iniciaram a execução de um eficiente e brutal plano de limpeza étnica que se estendeu até 1949, deixando dezenas de milhares de Palestinos mortos e centenas de milhares refugiados. Além disso, como resultado da limpeza étnica na Palestina e do conflito com os países vizinhos, o Estado judaico consolidou a conquista de um........
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