Reencontro feliz
O tempo que ali passei, enquanto jovem na Marinha, deixou em mim marcas fundas. A cidade, com a sua alma contraditória, soube acolher-me.
Ainda há pouco tempo desci a Avenida Infante Santo com a lentidão própria de quem não tem tempo de esquecer. Ao fundo, entre o bulício do trânsito e o vaivém apressado das pessoas, vislumbrei a Ponte da Pampulha e parei ali, preso a pensamentos e saudades. A cidade devolveu-me num sopro à Lisboa dos anos 70, à Lisboa das zarzuelas nas praças, da música popular tocada com alma, dos concertos em jardins e coretos, dos comboios demorados que nos levavam em doze horas, até às nossas aldeias em Trás-os-Montes.
Lisboa foi........
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