O futebol como tubo de escape
Mercado de Valores é o espaço de opinião de Diogo Luís, antigo jogador, atual comentador e economista
A população portuguesa já se começa a habituar à existência de buscas em grandes instituições. Esta semana os premiados foram a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e Federação Portuguesa de Judo (FPJ). Esta constante atividade gera desconfiança, descrença e insatisfação numa população cujo salário médio está cada vez mais na cauda da Europa.
Felizmente, ainda existem áreas onde os interesses, as cunhas, os esquemas não conseguem entrar: dentro dos relvados, das quadras ou das pistas só tem sucesso quem tem qualidade, competências e quem trabalha no limite. O problema é que do lado de fora não sucede o mesmo…
Ainda que muitos não gostem, os maiores embaixadores de Portugal no mundo são aqueles que se destacam, em diferentes áreas, e não os políticos que estão sedeados nos diferentes países. Pela dimensão social do desporto é natural que quem se destaca nesta área tenha ainda mais reconhecimento do que noutras. Dentro deste enquadramento e aproveitando a entrevista que o jornal A BOLA fez a Marco Silva, a propósito do jogo 500 da sua carreira, destaco a mensagem que José Mourinho enviou ao Marco: «Parabéns Marco pela carreira bonita, alicerçada em talento, trabalho, seriedade e discrição. Subiste pelas escadas, onde muitos tiveram o elevador à disposição. Parabéns por uma carreira feita de resultados e não de perceções. Admiro e aplaudo.» Nesta mensagem destaco dois pontos que me parecem importantes.
O primeiro é que, apesar do mundo de futebol ser........
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