As armadilhas na Liga Portugal
Mercado de Valores é o espaço de opinião semanal de Diogo Luís, antigo jogador e atual economista
Reinaldo Teixeira, recém-eleito presidente da Liga Portugal, tomou posse esta semana. Tomou posse de uma Liga em declínio e que está a perder espaço face aos seus concorrentes diretos (Bélgica e Países Baixos). Internamente o clima é turbulento. A suposta união entre todo o futebol profissional, aos dias de hoje, é uma miragem. Se estes motivos não bastassem, Reinaldo Teixeira ainda terá de lutar contra um conjunto de armadilhas que está a encontrar pelo caminho…
O processo eleitoral da Liga foi a primeira armadilha que Reinaldo teve de ultrapassar. De uma candidatura única e unânime passou a ter um oponente inesperado e que tinha o poder de decidir qual a data em que as eleições se iriam realizar. Adicionalmente, ao longo do processo eleitoral, Reinaldo Teixeira foi alvo de ataques pessoais e tentativas de descredibilização. A mensagem que tentaram passar era que as eleições estavam muito renhidas e o resultado final iria ser muito próximo. No final, o atual presidente da Liga deu a melhor resposta com uma vitória suportada em 42 votos a favor e apenas 10 para o seu opositor. Em termos percentuais, Reinaldo Teixeira foi eleito com 81% dos votos totais.
Reinaldo Teixeira herda uma Liga desunida, com pouca credibilidade e onde a competitividade é cada vez mais reduzida. O seu mandato é de dois anos, uma vez que estas foram eleições intercalares. Ninguém tem dúvidas que este mandato, que começou com Pedro Proença há dois anos, é um dos mais........
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